A cultura do diagnóstico e a emergência de subjetividades psicopatológicas

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João Pedro Alves Matos
Tiago Alfredo da Silva Ferreira

Abstract

O objetivo do presente artigo é analisar, a partir de uma perspectiva da Análise do Comportamento, as implicações do diagnóstico psicopatológico para a construção de subjetividades que apresentam novas demandas para a clínica analítico-comportamental. Para tanto, faz uma revisão conceitual da estruturação do DSM – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – estabelecendo uma crítica a partir da literatura analítico-comportamental, assim como expondo discussões na área sobre o tema. Uma vez estabelecida tal discussão, é proposto que as consequências contemporâneas
da proliferação de uma “cultura do diagnóstico” produzem demandas subjetivas específias para a clínica analítico-comportamental. Também é proposto que, para além da discussão sobre a utilização de diagnósticos sindrômicos ou funcionais, faz-se necessário o estudo aprofundado da cultura do diagnóstico que pode estar presente independente da escolha do profisional de saúde sobre o emprego do diagnóstico. Tal cultura envolve não apenas os profisionais de saúde, mas também os clientes que, tendo acesso livre a informação e a práticas sociais associadas aos modelos de saúde, tem sua subjetividade transformada a partir das contingências culturais vigentes.

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Alves Matos, J. P., & da Silva Ferreira, T. A. (2016). A cultura do diagnóstico e a emergência de subjetividades psicopatológicas. Acta Comportamentalia, 24(4). https://doi.org/10.32870/ac.v24i4.57981
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