Princípios norteadores para uma prática clínica psicoterápica antirracista
DOI:
https://doi.org/10.32870/ac.v30i4.83979Palabras clave:
psicoterapia, racismo, Análise do Comportamento, formação do psicoterapeuta, terapia analítico-comportamentalResumen
O racismo estrutural brasileiro precisa ser levado em consideração na análise das subjetividades das pessoas negras. Em relação à psicoterapia, prática profissional que trabalha diretamente com a subjetividade humana, é importante realçar seu estatuto enquanto uma agência de controle. Este artigo objetiva investigar como modelos psicoterápicos baseados em evidências lidam com questões referentes à subjetividade da população negra, bem como propor princípios para que intervenções psicoterápicas sejam contextualizadas para a referida população. Para tanto, foi realizada uma descrição de alguns impactos do racismo na subjetividade da população negra e de como esta se diferencia da subjetividade da população branca, de modo a instrumentalizar psicoterapeutas a identificarem efeitos do racismo em clientes negros. Ademais, foram verificadas as potencialidades e lacunas dos referidos modelos psicoterápicos para lidar com o racismo na clínica e, a partir das lacunas encontradas nos modelos, foram expostas propostas multiculturais elaboradas para lidar com a diversidade no
setting terapêutico. Em seguida, foram elencados quatro grupos de princípios para uma atuação clínica antirracista no contexto brasileiro: Formação do psicoterapeuta sobre racismo estrutural; Autoconhecimento do psicoterapeuta; Prática clínica no Setting Terapêutico e Psicoeducação clínica.
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