O que nos torna analistas do comportamento? A teoria como elemento integrador
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Abstract
O que nos torna analistas do comportamento? Argumentarei neste ensaio que o elemento definidor da área não está em suas dimensões experimental e aplicada, mas sim nas preconcepções teóricas que compõem a filosofia “behaviorismo radical”. Definir exatamente quais preconcepções seriam essas é assunto aberto a debate, mas o selecionismo e o antimentalismo são possíveis exemplos. O ponto importante é que, nesse contexto, o behaviorismo radical deixa de ser apenas uma dimensão da tríade equilátera da análise do comportamento (behaviorismo radical, análise aplicada do comportamento e análise experimental do comportamento) para se tornar o próprio campo em que as outras dimensões da área se integram em um todo coerente. Para fundamentar essa tese, explorarei diversos usos possíveis do termo “teoria”.
Da multiplicidade de significados segue-se que a teoria é onipresente na prática analíticocomportamental.
Duas consequências dessa constatação serão avaliadas. Em primeiro lugar,
discorrerei sobre a importância dos produtos do teorizar (as teorias) no controle do comportamento dos analistas do comportamento. Em segundo lugar, abordarei a importância da análise teórica do comportamento (ATC), cujo objeto de estudo é justamente os elementos teóricos definidores da área. Ser um analista do comportamento é estar sob controle desses elementos.
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