Mentalismo e explicação do comportamento: aspectos da crítica behaviorista radical à ciência cognitiva
DOI:
https://doi.org/10.32870/ac.v16i3.18121Palabras clave:
Behaviorismo radical, ciência cognitiva, mentalismo, cognição incorporada e situada.Resumen
O propósito deste artigo é avaliar a relevância das críticas behavioristas radicais ao mentalismo no âmbito da ciência cognitiva. Primeiramente, apresentam-se essas críticas para, em seguida, relacioná-las com a concepção behaviorista radical de causalidade. Enfatiza-se, principalmente, por que o behaviorismo radical é imune aos possíveis problemas do mentalismo e, também, por que o mentalismo pode resultar nesses problemas. O passo seguinte inicia-se com a constatação de que a ciência cognitiva é mentalista porque é a ciência dos eventos internos, mas que ser mentalista não implicaria necessariamente aceitar de forma não crítica os problemas apontados por Skinner, fato que é evidenciado pela apresentação do desenvolvimento histórico da ciência cognitiva. A conclusão a que se chega é que cada crítica behaviorista radical tornou-se, no âmbito da ciência cognitiva, um obstáculo; o que significa que também para a ciência cognitiva os problemas do mentalismo são vistos como problemas. Duas conseqüências decorrem desse fato. A primeira é a impossibilidade de criticar a ciência cognitiva apenas por causa de seu caráter mentalista. A segunda é que, ao tratar desses problemas, a ciência cognitiva, no seu desdobramento relacionado à cognição incorporada e situada, acabou por defender posição semelhante à sustentada pelo behaviorismo radical.
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