Uma interpretação analítico-comportamental do colorismo e de suas implicações clínicas

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Táhcita Medrado Mizael
Marina Souto Lopes Bezerra de Castro
Alexandre Dittrich

Abstract

Colorismo pode ser conceituado como a relação entre o tom de pele de uma pessoa e a obtenção de privilégios, experiências de discriminação e execução de direitos. A literatura sobre este tema no Brasil ainda é escassa. O objetivo deste ensaio é apresentar uma interpretação analítico-comportamental do conceito de colorismo. Pesquisas mostram que o tom da pele pode servir como uma variável preditora de vantagens sociais e privilégios, quando se tem a pele mais clara, e de desvantagens, prejuízos e rejeição, quando se tem a pele mais escura. Essas consequências diferenciais ocorrem em vários contextos (e.g., educação, saúde, sistema judiciário, mercado de trabalho). Pode-se dizer que há uma relação de dependência entre o tom da pele de um indivíduo e tais consequências, aparentemente sob controle do estímulo antecedente (primariamente o tom da pele). Assim, podemos dizer que o colorismo se refere a contingências sociais nas quais o tom da pele de uma pessoa é variável antecedente que sinaliza a probabilidade de ocorrência ou o grau de disponibilidade de determinadas consequências para esta pessoa, bem como o custo de resposta exigido para acessá-las. Com base nessa interpretação, implicações para a área clínica são apontadas, salientando a importância de entender o colorismo.

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How to Cite
Medrado Mizael, T., Souto Lopes Bezerra de Castro, M., & Dittrich, A. (2021). Uma interpretação analítico-comportamental do colorismo e de suas implicações clínicas. Acta Comportamentalia, 29(4). https://doi.org/10.32870/ac.v29i4.80314
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