Participação das mulheres em atividades acadêmicocientíficas de Análise do Comportamento no Brasil
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Abstract
O objetivo deste estudo foi avaliar a participação de mulheres na Análise do Comportamento no Brasil, por meio do exame de diferentes categorias representativas da carreira e produção acadêmicas: 1) egressos de programas de pós-graduação stricto sensu em Análise do Comportamento, 2) publicações em periódicos da área, 3) docência em programa de pós-graduação stricto sensu, 4) editoria em revistas científicas da área e 5) bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq. Os resultados sugerem que a participação feminina diminui com o aumento da seletividade da posição. O percentual de mais de 70% de mulheres formadas nos programas de pós-graduação stricto sensu em Análise do Comportamento não é mantido quando se avança para autoria de artigos em periódicos científicos (60%), docência (51,20%), editoria de periódicos científicos (39,02%) e bolsas de produtividade em pesquisa (32%). Mesmo que a desigualdade entre os gêneros não seja a única explicação para os achados, a hipótese de “teto de vidro” não pode ser, de antemão, rejeitada diante dos dados obtidos. Em vista disso, destaca-se a importância de se implementar uma política científica de identificação de contingências discriminatórias entre os gêneros no ambiente acadêmico-científico, de modo que assimetrias pautadas na desigualdade entre homens e mulheres não sejam perpetuadas.
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