Pode Skinner Resolver o Problema da Consciência?

Autores

  • João Henrique Lima Almeida Universidade Estadual de Feira de Santana–UEFS

DOI:

https://doi.org/10.32870/ac.v31i3.86450

Palavras-chave:

Autoconhecimento, Behaviorismo, Consciência, Eventos Privados, Tato

Resumo

Trata-se de utilizar, tanto da noção explícita de B. F. Skinner de consciência como autoconhecimento descritivo, quanto das extensões encontradas implicitamente em sua obra de consciência como autoconhecimento por contato e comportamento do ponto de vista do organismo que se comporta, para avaliar se essas formulações são capazes de oferecer uma resposta ao que ficou conhecido como “problema difícil da consciência”.Perguntamo-nos, nesse sentido: como a consciência surge de um estofo físico? Chega-se à conclusão de que o comportamento do ponto de vista do organismo que se comporta só pode ser isolado no que é possível chamar de consciência fenomênica através do desenvolvimento de auto-tatos abstratos de eventos privados sendo, portanto, um produto social. O aspecto biológico da assim chamada consciência fenomênica não passa da própria capacidade de um organismo de responder a estímulos, o que se confunde com a própria origem da vida e não possui grande relevância para o desenvolvimento de uma ciência do comportamento ou psicológica. Afinal de contas, de um ponto de vista skinneriano, a consciência é uma função e não uma entidade, ou seja, ela não pode ser encontrada no cérebro, mas na relação funcional socialmente discriminada do corpo humano para consigo mesmo.

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Publicado

2023-08-31

Como Citar

Lima Almeida, J. H. (2023). Pode Skinner Resolver o Problema da Consciência?. Acta Comportamentalia, 31(3). https://doi.org/10.32870/ac.v31i3.86450

Edição

Seção

Artículos