Apresentação deste número

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Maria Helena Leite Hunziker
Marcus Bentes de Carvalho Neto

Abstract

Apesar do controle aversivo englobar a maior parte das relações entre o organismo e o ambiente, ele não vemrecebendo atenção proporcional dos analistas do comportamento. Um exame das publicações nos mostraque a ciência denominada Análise do Comportamento tem tradicionalmente se concentrado nos estudossobre as relações operantes envolvendo controle por reforço positivo. Existe uma enorme distância entre ofenômeno real e complexo a ser compreendido e o conjunto disponível de dados empíricos. Mesmo dianteda insufi ciência de conhecimento acumulado sobre o tema, algumas interpretações gerais têm se cristalizadona área e acabaram quase virando senso comum. Não raro tais análises comportamentais são parciais,incompletas ou distorcidas. Um exemplo seria a rejeição generalizada e por princípio do controle aversivoque, para muitos, é identifi cado como sinônimo de controle coercitivo. Não fazer a distinção entre a coerção- tipo de controle socialmente indesejado e não necessariamente derivado de contingências aversivas - e asmuitas relações organismo/ambiente denominadas como aversivas, que até podem ser benéfi cas ao sujeitoou ao grupo, como, por exemplo, garantindo um responder adequado quando prevalecem conseqüênciasatrasadas ou remotas, indica um desconhecimento sobre o comportamento como um todo. Recentemente,pesquisadores vêm questionando, com dados empíricos (experimentais e clínicos) e refl exões teóricas, algumas“verdades” bem estabelecidas na área, tais como a inadequação generalizada do uso da punição, oua possibilidade de haver contingências de reforçamento positivas “puras”, ou seja, não envolvendo qualquernível de aversividade.

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How to Cite
Leite Hunziker, M. H., & de Carvalho Neto, M. B. (2013). Apresentação deste número. Acta Comportamentalia, 19(Monográfico). https://doi.org/10.32870/ac.v19i4.36936
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